Este era sem dúvida um dos destinos obrigatórios desta expedicao. O primeiro do grupo a concretizá-lo foi o Rabico que preferiu remar tudo de seguida e dedicar a última semana á Patagónia. Por trocas de mails ficamos a saber que ele tinha feito o clássico percurso de Puente a Puente, somou-lhe uns rápidos a montante e ainda fez o rio Azul. Estava maravilhado com o que encontrou. Realmente nao era para menos. Depois de 12h00 num "bus" a tremer por todos os lados devido á estrada de brita lá chegamos a outro paraiso chileno - Cara del Indio. Aqui fomos recebidos da melhor maneira possivel, ou seja de uma forma simples e bastante amigável, por toda a familia do mentor deste projecto. Luis Mundaka e a sua mulher Nivia sao simplesmente pessoas cinco estrelas, sempre prontas a ajudar e com um sorriso honesto e calmo no rosto. Tem sub sua alcada a gestao deste local impressionantemente belo que se situa na margem direita do rio Futalefeu. A eles alugamos e compramos tudo o que era necessário para a nossa estadia pois era nossa intencao apoiar este projecto.
No primeiro dia que remamos entramos para a água já bastante tarde e como tal optamos por fazer o percurso abaixo do clássico, tendo algum pessoal entrado no inicio do El Macal. O rio de cor azul turques é muito veloz, de volume, com muitas baterias de ondas e envolvido por enormes montanhas verdes. Sem dúvida que neste troco o rápido "Casa de Piedra" é a passagem chave e nao permite grandes erros na sua entrada. No inicio das baterias de ondas destaque para uma onda pequena e lenta que permite brincar durante muito tempo. Excelente para o primeiro dia por estas bandas.
Depois de uma noite muito relaxante numa das cabanas que o casal Mundaka tem para alugar, era hora de remar o clássico Bridge-to-Bridge. Como o nome indica a entrada e saida sao junto a umas pontes. O "put in" é numa parte lisa e calma do rio, onde rapidamente se destaca a cor intensa de verde do mesmo. Nesse local avistam-se os primeiros dois rápidos, classificados de IV/IV+. Esta seccao deste rio, vulgarmente designado por Futa, é quase um constante tramo de ondas e rolos, sendo aconselhável fugir a este últimos. É tudo grande e se ao principio se estranha depois entranha-se, que digam o Vieira e o Palavra que prescindiram dos restantes planos para o navegarem até ao último minuto no Chile. Neste percurso rápidos como o Pillow, o Mundaka, o Cara del Indio e o Tiberon marcam a diferenca ora pela sua exigencia técnica ora pelo perigo que representam para quem os ultrapasse de uma forma incorrecta. É sem dúvida uma maravilha da natureza !!! Tao bom ou tao pouco que houve quem o repetisse :)
Entretanto uns seguiram para o desejado banho nos mares do pacifico, depois de uma noite de guitarras e cervejas qb, tendo pela frente uma longa viagem pelas pampas dos Andes argentinos. Outros optaram por ficar mais um dia por ali e aproveitaram para navegar a parte mais hardcore do Futa na companhia de um Norte-Americano chamado Ben. Pela Garganta do Inferno abaixo Vieira e Palavra passaram seis horas inesqueciveis nas suas vidas ...
Enquanto tudo isto decorria no paraiso Futa, os nossos amigos Ju, Simone e Quilhó subiam o vulcao Villarica e desciam o Lincura. Tudo novamente em Pucón. Do nosso amigo Johannes, noticias boas acerca dos seus glaciares. Fotos ? Ainda melhores. Vejam no fim.
Eu não queria fazer qualquer tipo de comentário, mas o Quim durante estas semanas está a dar cabo de mim...Conheces Ricardo? O Quim?
ResponderEliminarO QUIMBEJA !!!!!
Estou estarrecida, siderada, sei lá...roída pelo fdp do Quim!
'Carpe Diem'
Jinhos
Ana Saraiva
Acabei de chegar da Patagonia, na verdade só o corpo, pois a minhha cabeça continua por lá... Na verdade acabei entrando aqui pois estava procurando o endereço de e mail do cara de indio, e não pude deixar de olhar essas fotos e fazer um comentario...são situações muito semelhantes ao que acabei de viver nesses 45 dias de patagonia...
ResponderEliminarBuenas ondas!!!